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São Paulo estuda faixa para bicicletas na Av. Paulista
A Avenida Paulista, uma das principais vias da cidade, recebe cada vez mais ciclistas. Ao observar o fluxo da avenida por alguns minutos, é possível contar dezenas de bicicletas nas faixas de rolagem, assim como nas calçadas.
Por causa dessa alta demanda, e também por conta de atropelamentos de ciclistas na via, a TCUrbes estuda um projeto de ciclovia na Avenida Paulista.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a TCUrbes propõe a redução de velocidade da via de 60 km/h para 40 km/h, possibilitando o estreitamento das faixas e a inclusão de uma via exclusiva para as bicicletas. Além disso, os ônibus ficariam em um corredor no centro da avenida.
Veja no desenho abaixo como ficaria a avenida:
Gráfico: Folha de S. Paulo
A Companhia de Engenharia de Tráfego, no entanto, afirma que não há planos para uma ciclovia no local e sugere caminhos alternativos, como as paralelas rua São Carlos do Pinhal e alameda Santos. Por experiência própria, pedalar na Alameda Santos é bem mais complicado, uma vez que as faixas são mais estreitas e há carros saindo e entrando nos estacionamentos a todo o momento.
Mas, ao contrário da CET, especialistas consultados pela Folha aprovam, em geral, a ideia da ciclovia na Paulista. O especialista em engenharia de transportes Sérgio Ejzenberg gosta da ideia de um corredor central de ônibus, mas avalia que uma ciclofaixa (quando não há separação física da pista) é mais indicada. “[Uma ciclovia] será tomada por pedestres nas esquinas, enquanto aguardam o sinal”, avalia.
O urbanista Alexandre Delijaicov, da FAU-USP, diz que o projeto é “excelente”, mas que iria além, deixando apenas duas faixas para carros –mesma opinião de Guimarães.
Nós realmente torcemos para que um estudo sobre o uso de bicicletas na região da Avenida Paulista leve em consideração o número cada vez maior de ciclistas na via e deixe de dar tanta prioridade aos automóveis. A Avenida Paulista conta com quatro estações de metrô ao longo de sua extensão, além de várias linhas de ônibus. Não há razão para que o carro tenha tanta prioridade sobre os outros meios de transporte.
Ao todo, a cidade tem hoje pouco mais de 50 km de vias exclusivas para bicicletas (entre ciclovias e ciclofaixas).
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