Blog Vou de Bike

Postado em 28 de July por gugamachado

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De Bike pela Inglaterra (parte 3)

 

Conforme dissemos no último post, chegamos no final da tarde do primeiro dia a estação de trem de Marylebone, em Londres, onde pegaríamos um trem de altíssima velocidade rumo a Stratford Upon Avon, distantes cerca de 166 kms. Até aí, nenhuma novidade…

Após imprimirmos nossos bilhetes (adquiridos previamente no Brasil), adentramos no interior da estação, e qual não foi nossa surpresa ao nos depararmos com este pequeno bicicletário vazio…

Acompanhe neste video abaixo nossas impressões registradas pelo Ricardo:

London from Augusto Machado on Vimeo.

Que coisa incrível! Como esta estação serve bastante as pequenas cidades nos arredores (e distantes) também de Londres, é comum as pessoas irem (ou virem) para suas casas de trem, deixando seu meio de transporte em Londres, a bicicleta, estacionada para um novo dia de trabalho! Realmente os Londrinos entenderam o conceito de uma cidade que não depende de carros!

Após nos recuperarmos deste verdadeiro “choque”, pegamos o trem que nos levaria a Stratford Upon Avon, onde eramos aguardados pelo proprietário do hotel, o Mark, um inglês típico em sua pontualidade e combinados, o que resultou em algumas situações engraçadas…Mas isto é outra história!

Interior do hotel em Stratford Upon Avon. Qualquer semelhança com o Harry Potter não é coincidência!

Mas o dia ainda não tinha finalizado! Tínhamos uma missão: comemorar o aniversário do Ricardo que acontecia naquele dia! Escolhemos festejar com queijos e vinhos que adquirimos em Londres! Foi uma festa muito animada!

Semana que vem tem mais!


Postado em 10 de July por gugamachado

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De Bike pela Inglaterra (parte 2)

Fábio Samori, Rodrigo Raso, Guga Machado e Ricardo Santos

 

Continuando a saga da nossa viagem, partimos da Aro 27 numa terça a tarde, dia do jogo do Brasil com o México,  rumo ao aeroporto de Guarulhos. O grupo era bem eclético: tinhamos eu, Guga Machado; o Fábio Samori (cicloturista experiente e proprietário da Aro 27), o Ricardo Santos e o Rodrigo Raso (sócios proprietários da Milk Comunicação Integral, sendo o Rodrigo também triatleta) e nas bagagens, nossas roupas e expectativas.

Falando em bagagens, sempre que fizer uma viagem onde vai se utilizar basicamente transporte público e bicicleta, o ideal é que ela seja resumida ao mínimo necessário, com roupas versáteis e técnicas, se possível (tipo tecidos de secagem rápida, calças que viram bermudas, e por aí vai…) e reduzindo os eletrônicos ao máximo, para menor peso final. Atualmente, com um bom smartphone, com boa memória, conexão e bateria (aliás, vale o investimento em uma unidade de bateria externa e expansão de memória como esta aqui, para iPhone) somos capazes de fazer todo o processo de registro, navegação e comunicação de maneira muito simples e eficaz, deixando-nos livres de notebooks e afins.

Após um empate com o México e onze horas de vôo, com quatro horas de fuso horário a frente de nosso horário, chegamos ao aeroporto de Heathrow na manhã da quarta-feira. Ao passar pela imigração inglesa, começou o primeiro ritual que iria se repetir muitas vezes mais durante nossa expedição: a funcionária ficou muito impressionada com o fato de quatro brasileiros estarem na Inglaterra especialmente para participar de um evento de bicicletas no interior do país, durante a copa do mundo que ocorria em nosso próprio país! Tivemos até que mostrar nossas inscrições e uniformes, e recebemos desejos de boa sorte e boa estadia!

Aliás, o povo inglês merece nota 10 em cordialidade e recepção!

Na sequência de uma chegada tranquila e organizada, tipicamente inglesa, veio a primeira surpresa: a possibilidade de chegar ao centro de Londres utilizando o  metrô, saindo a partir do aeroporto. Na verdade, do interior do aeroporto! Infelizmente, uma realidade ainda muito distante para o Brasil…

Nosso primeiro pernoite seria numa simpática cidadezinha chamada Stratford Upon Avon, terra natal do escritor Willian Shakespeare, distante 150 kms de Londres.

Iríamos percorrer esta distância de trem, porém este só partia no final da tarde. O que fazer com o resto do dia? Fomos para a charmosa Covent Garden, um “distrito” bem descolado no centro de Londres, com muitas atrações e performances de rua, lojas chiques e ótimos restaurantes, onde aproveitamos para comprar um chip local com internet e voz. Aproveitamos também para conhecer o mundialmente famoso “Covent Garden Market”.

interior da AppleStore de Covent Garden

 

“lower piazza” em Covent Garden, onde é preparada uma famosa paella

Artistas de rua se apresentando em Covent Garden

 

Após “bater muita perna”, pausa para o primeiro (de muitos – hehehe) “pint”  num tradicional pub, pois ninguém é de ferro…

Com isto chegamos ao final do dia bem no horário de pegarmos o primeiro de muitos trens, que nos conduziria ao nosso primeiro objetivo: irmos p/ a cidade onde fica a fábrica das bicicletas que iríamos utilizar na L’Eroica Britannia.

Aliás, tanto a estação de trem quanto o trem eram extremamente “bike friendly” e merecem um post a parte na semana que vem! Não percam!

 


Postado em 3 de July por gugamachado

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De Bike pela Inglaterra (parte 1)

Numa manhã de uma terça feira qualquer, recebo a ligação do meu amigo Ricardo Santos, da Milk , me fazendo um convite inesperado: viajar para a Inglaterra para participar de uma corrida inusitada (depois falaremos mais dela) e explorar os pontos de interesse para ciclistas! Um convite irrecusável para qualquer um que ama as duas rodas né? Porém, naquele exato momento eu estava retornando do ortopedista, com o pé direito imobilizado devido a uma lesão ainda sem diagnóstico, e, com isto, fora de forma…E digamos que não estava “nadando em dinheiro”…

Daí veio a frase mágica do Ricardo: “E se eu te disser que teremos apoio da British Airways e os gastos serão mínimos?”

Neste momento tudo fez sentido! Parecia até que meu pé havia melhorado! A partir daí começaram os preparativos para participar da L’Eroica Brittania 2014, primeira edição inglesa de uma tradicional prova italiana, onde o objetivo não é chegar em primeiro, mas sim chegar, uma vez que só são aceitas bicicletas do tipo “vintage”, e o percurso é “casca grossa”!

Nas próximas semanas vamos postar tudo sobre a nossa aventura, procurando também comentar e comparar a mobilidade por bicicletas entre o Brasil e a Inglaterra, uma vez que, além da prova, pedalamos por estradas grandes e pequenas, bem como por cidades, em especial por Londres, onde experimentamos inclusive o sistema de empréstimo de bikes local.

Mas já de início queremos destacar e elogiar a facilidade que tivemos no transporte de nossas bikes, graças a British, que se mostrou realmente uma companhia “bike friendly”! Apesar de estarmos com dois volumes enormes de quase 32 quilos, eles não criaram nenhuma objeção, pelo contrário – nos ajudaram no manuseio das caixas com muito cuidado e presteza, sempre fazendo brincadeiras com a seleção brasileira de futebol, e praguejando contra a seleção inglesa e sua súbita eliminação!

Na semana que vem, vamos contar tudo sobre a nossa jornada. Esperamos que aproveitem!

Para finalizar, menção honrosa ao Rob, que ao cruzar a linha de chegada conosco, sacou uma vuvuzela (!) verde amarela, e nos incentivou gritando: “Vai Brasil” !!!!

Ricardo Santos, Rob e Guga Machado