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Postado em 5 de April por Eu Vou de Bike

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NY promove ciclovias na cidade

O The New York Times publicou na última semana uma reportagem sobre as ciclovias e a revolução das bicicletas na cidade de Nova York, uma das metrópoles com o trânsito mais complexo do mundo.

Desde que assumiu o governo da cidade de Nova York, o prefeito Michael Bloomberg teve como uma de suas principais metas fortalecer o uso de bicicleta como meio de transporte por meio da instalação de várias ciclovias e ciclofaixas na cidade. Para você ter uma ideia de como a bicicleta se tornou crucial no sistema de transportes da cidade, basta ver o impressionante dado a seguir: nos últimos 4 anos, 410 quilômetros de ciclovias foram construídos em Nova York! O problema agora é convencer os nova-iorquinos que ciclovias são boas para eles.

Apesar de agradar os ciclistas e dar a chance para que muita gente comece a pedalar, o sistema de ciclovias de Nova York está sob fortes críticas da população no geral. Além de criar as ciclovias, a administração Bloomberg acabou com centenas de vagas públicas de estacionamento nas principais regiões da cidade e ainda transformou a Times Square em uma grande praça apenas para pedestres. Todas essas mudanças não foram bem aceitas.


Times Square para os pedestres

Da reportagem do NYT, traduzida no UOL:

Se a intensificação da campanha sugere certo medo a respeito das consequências políticas das ciclovias –o prefeito está enfrentando baixos números nas pesquisas e um ressentimento considerável por parte daqueles que vivem fora de Manhattan, que tendem a ser menos favoráveis às bicicletas– os esforços também refletem uma nova frente no debate das ciclovias, onde os participantes de todos os lados da discussão estão se preparando para uma disputa política cada vez mais sofisticada.

Um dos argumentos utilizados por quem critica (e que pode ser lido aqui neste tumblr) é que “as ciclovias violam um princípio fundamental da democracia. A maioria da população, que não pedala, está sendo forçada a sacrificar curvas à direita e espaços de estacionamento para que uma elite influente possa se sentir bem (…)”.

É interessante ver este tipo de debate em uma cidade que muitas vezes é comparada com São Paulo. Nova York já tem um sistema público de transporte excelente, mas nem por isso se acomoda. A Prefeitura está deixando de lado a dependência do carro como meio de transporte e investindo em alternativas como a bicicleta. As críticas de quem não pedala são até compreensíveis (apesar de discordarmos) porque é muito difícil mudar a mentalidade e os hábitos de toda uma população de um ano para o outro, mas podem ter certeza que a próxima geração de nova-iorquinos terá um índice muito maior de ciclistas!

Veja a reportagem do NYT traduzida no UOL (só para assinantes)


Comentário

  • Desculpe, mas a primeira foto é uma ciclofaixa, não? Diferente de ciclovia, separada com uma barreira física da via dos carros.

    Juca
  • Essa população só vai reconhecer o valor da atuação dessa Prefeitura no futuro, quando a bicicleta for incluída no dia-a-dia das pessoas e seus filhos puderem desfrutar de um espaço publico mais amplo (com menos carro) e menos poluido. Por isso, o gestor que tem a capacidade de ter essa visão de futuro pode ser incompreendido, entretanto, tem a consciência de que sua atuação é para proprorcionar uma melhor qualidade de vida para população. #vádebike

    Elvira twitter.com/@elvira_barroso
  • Vc. tem razão, Juca! E em N.Y., diferentemente daqui, as ciclovias juntamente com as ciclofaixas constituem o sistema cicloviário da cidade.

    Em São Paulo, as ciclofaixas não são permanentes, por isto não podem ser consideradas em nosso “sistema cicloviário”.

    Abs e obrigado pelo comentário!

    gugamachado
  • Alguém pode me dar uma dica de mapa das ciclovias e dos bicicletários de Nova York?

    Paula
  • Logística Portuária: Estudo de Caso_ Ciclovias versus Transporte Público no Porto de Santos e na Baixada Santista

    Esse estudo de caso sobre o impacto da construção de ciclovias na Baixada Santista, demonstra que a bicicleta é um precário meio de transporte e em nada substitui o planejamento urbano de transportes através do ônibus e ou metrô. Sem esse planejamento urbano dos transportes, o aumento dos congestionamentos de automóveis será inevitável e a devida responsabilidade social e sustentabilidade das cidades brasileiras jamais será alcançada.

    As conclusões mostram que a principal função dos transportes públicos é aumentar a produtividade do trabalhador e isso não se dará se ele for forçado a usar tração humana, pedalando na bicicleta de 20 a 40 km diariamente, até mesmo em dia de chuva, induzindo-o a acreditar que está economizando a tarifa do ônibus ou metrô ao usar a ciclovia o que é um grave equívoco. Assim aqueles que menos podem acabam se tornando o alvo das ciclovias enquanto aqueles que podem usam os automóveis.

    A bicicleta aumenta os riscos de acidente e como veículo sobre duas rodas jamais será uma alternativa ao transporte público por que é, e será sempre, inseguro e perigoso andar de bicicleta ainda que em ciclovias e assim sendo um componente que contribui ára o aumento dos acidentes de trânsito.

    Link para YouTube:
    http://www.youtube.com/watch?v=IhfBQa06ibk
    Link para SlideShare (PowerPoint) com pesquisa de Origem destino dos transportes da região metropolitana de São Paulo

    Prof. Ricardo Rodrigues youtube.com/user/profRicardoRodrigues?feature=mhee
  • New york eh plana.

    nancy
  • Após a implantação das ciclovias na ilha de manhattan, houve evidente aumento na procura por ciclovias porque neste caso específico a oferta de ciclovias gera demanda e ocupação e não o contrário. É preciso comparar a longo prazo, quantas pessoas morrem no trânsito. Cenário 1) Pessoas utilizando carros em um transito cada vez mais intenso e estressante, o crescimento exponencial na venda de motos que hoje representa quase 30% das mortes no transito. Cenário 2) Procura crescente por ciclovias com redução no uso do carro e moto e consequente aumento no bem estar urbano.

    Renato Rakauskas

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